Por Ricardo Noblat
- Quando há esquema político na área da Saúde não se resolve os problemas e as pessoas morrem - advertiu em voz alta Flávio Dino (PC do B), ex-deputado federal, juiz federal por 12 anos e atual presidente do Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur), durante o sepultamento do corpo do seu filho Marcelo, de 13 anos, ontem, em Brasília.
Ao lado de Dino, em uma das salas de velórios do Cemitério Campo da Esperança, estava Agnelo Queiroz, ex-PC do B, governador do Distrito Federal eleito pelo PT. E pelo menos mais 200 pessoas, entre elas algumas das cabeças coroadas da República, como o vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado José Sarney e Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal.
Dino escolheu Agnelo para despejar sobre ele todo o seu desespero.
- Não é possível alguém morrer de asma dentro de uma UTI, Agnelo. Esse hospital [de Brasília] matou meu filho. Por que não me mataram? Eu preferia mil vezes estar naquele caixão no lugar dele.
Agnelo tentou consolar Dino - em vão. Um dos políticos mais promissores do Maranhão, candidato a prefeito da capital em 2008 e a governador do Estado em 2010, Dino segurou Agnelo pelo braço e continuou:
- Vou enterrar meu filho sem saber direito por que ele morreu. Você sabia que a necrópsia do corpo não foi completa por que tem equipamentos quebrados no Instituto Médico Legal? - perguntou Dino a Agnelo. Que calado estava, calado continuou,
- Quando meu filho parou de respirar na UTI do hospital, tentaram reanimá-lo, mas o equipamento usado para isso estava quebrado. Providenciaram outro, mas quando ele chegou já era tarde.
Àquela altura, assessores de Agnelo haviam sugerido que ele se despedisse de Dino e saísse rapidamente. Agnelo ouviu o último conselho de Dino:
- Faça pelo menos uma coisa no seu governo: interdite os hospitais de Brasília. Interdite. Vou te ligar diariamente cobrando isso.
Marcelo Dino Fonseca de Castro e Costa morreu no início da manhã da última terça-feira na UTI do Hospital Santa Lúcia – um dos maiores de Brasília. Ali havia sido internado pouco depois do meio-dia da segunda-feira. Fora vítima de uma crise de asma quando praticava esportes no Colégio Marista,onde cursava o 9º ano do Ensino Fundamental.
A suspeita de negligência e de erro médico está sendo investigada pela polícia, o Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal.
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2012/02/16/quando-ha-esquema-politico-na-saude-as-pessoas-morrem-431960.asp
" Somos agentes de combate a endemias e agentes de saúde com disposição e coragem para lutar por nossos direitos. Sabemos que nossa profissão é extremamente importante, porém ainda muito desvalorizada por parte de nossos governantes. Mesmo assim temos orgulho do nosso serviço e amamos o que fazemos." E-MAIL: pri.primiranda@hotmail.com tel: 31 8719-2523 (oi)
16 de fevereiro de 2012
"Quando há esquema político na Saúde as pessoas morrem"
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Ele só falou isso porque aconteceu com um filho dele,quantas pessoas morrem ai por falta de responsabilidade desses bando de ladrões inclusive do PT,desculpe seu Flávio Dino,quero mim somar a sua dor de pai que tbm sou,mais é pura verdade que falei,se com a filha de dona Marisa que mora em uma casinha de taipa la no finzinho da rua o Sr nem tomaria conhecimento.
ResponderExcluirO hospital onde morreu o filho do Flávio Dino é o Santa Lúcia, aquele que esteve envolvido com a morte recente do secretário de recursos humanos do ministério do planejamento, Duvanier Paiva, que mreceu condolências até do presidente Lula. Recusaram-se a atendê-lo sem o cartão do plano de saúde.
ResponderExcluirO hospital Santa Lúcia é particular...