Acordo fechado nesta quarta-feira  com  os líderes vai permitir que a pauta seja liberada para a votação do  projeto que  regulamenta os recursos para a saúde previstos na Emenda  29. Indicação da  Câmara para o TCU e anistia criminal para bombeiros  também podem ser votadas.
                                 
                                  Um acordo fechado entre todos os  líderes  partidários e o presidente da Câmara, Marco Maia, vai permitir  que a pauta seja  liberada para a votação na próxima quarta-feira (21)  do projeto que regulamenta  os recursos para a saúde previstos na Emenda  29 (PLP 306/08).
                                 
                                  Marco Maia anunciou a votação na  terça-feira do  projeto de lei que cria uma empresa para a gestão dos  hospitais universitários  (PL 1749/11). Em urgência constitucional, ele  impede a análise da  regulamentação da Emenda 29 e de outros projetos de  lei.
                                 
                                  Com a pauta das sessões  extraordinárias liberada,  outros projetos, como a criação da Comissão  da Verdade (PL 7376/10), a anistia  criminal para policiais e bombeiros  (PL 6882/10) e a indicação da Câmara dos  Deputados para o Tribunal de  Contas da União (TCU) também poderão ser votados  na próxima semana.
                                 
“Vamos votar na terça-feira o projeto que trata  sobre a empresa  hospitalar, depois devemos votar a urgência e o projeto da  anistia dos  bombeiros e de outros servidores e vamos votar na quarta-feira de  manhã  a escolha do novo membro do TCU e, à tarde, a Emenda 29”, explicou  Marco  Maia. Segundo ele, outras propostas também poderão ser votadas  por acordo entre  os líderes, e esse cronograma será definido na próxima  terça-feira no Colégio  de Líderes.
 
  Marco Maia elogiou o acordo, que permitiu a  votação de quatro medidas  provisórias nessa semana, e disse que nenhum lado foi  beneficiado.  “Nos não estamos nem atendendo ao governo na sua integralidade nem  a  oposição. Nós estamos no meio termo”, disse.
 
  Empresa Universitária
                                 A polêmica em torno do projeto que cria uma   empresa para gestão dos hospitais universitários, na avaliação de Marco  Maia,  não vai impedir a sua votação em Plenário. Hoje a proposta não  foi votada na  comissão especial diante da pressão de servidores dos  hospitais universitários  descontentes com o texto.
                                     
                                Segundo o presidente da Câmara, “o que  aconteceu  na comissão especial foi uma obstrução promovida pelos  servidores e por algumas  categorias, que impediu a sua votação. Na  semana que vem, vamos tomar todas as  medidas para que não haja  impedimento à votação dessa proposta.”
                                     
                                O líder do DEM, deputado Antonio Carlos  Magalhães  Neto (BA), ressaltou que “não é normal” se votar três MPs em  uma só sessão, mas  a oposição cedeu por um propósito maior. “Para  assegurar a votação de uma  proposta (Emenda 29) que vai permitir que  recursos sejam destinados à saúde  estamos aceitando o encaminhamento e  fazendo concessão”, disse.
                                     
                                Já o líder do governo, deputado Cândido  Vaccarezza  (PT-SP), disse que o acordo representa “um momento maior” da  Câmara. “Estamos  em vias de concluir um grande acordo pelo bem do  Brasil. Todos vivenciamos a  discussão sobre a regulamentação da Emenda  29. Quero dizer que o governo não se  sente derrotado”, disse  Vaccarezza.
                                     
                                O governo foi contra a análise da  proposta,  insistindo na criação de um novo financiamento para a saúde. A  decisão de  pautar a proposta foi de iniciativa do presidente da  Câmara, Marco Maia, por  pressão dos líderes da base e da oposição.
                                      
                                    Recursos para a Saúde
                                 O Plenário vai votar um destaque do DEM que   pretende retirar do texto aprovado em 2009 a base de cálculo da  Contribuição  Social da Saúde (CSS), imposto a ser cobrado nos moldes da  CPMF com arrecadação  exclusiva para o setor.
                                     
                                Ao tirar a base de cálculo do texto,  fica  inviabilizada a cobrança do tributo. Na sessão de ontem, o líder  do PMDB,  Henrique Eduardo Alves (RN), disse que o partido vai votar a  favor do destaque  da oposição e contra o novo tributo.
                                     
                                O texto base da proposta, com a previsão  do novo imposto,  já foi aprovado em Plenário. Se for aprovado o  destaque, o texto vai para o  Senado criando o novo imposto, mas sem  definir a base de cálculo. Caberá aos  senadores refazer o texto – que  volta para a Câmara – ou aprovar a proposta sem  alterações e deixar a  base de cálculo da proposta para uma lei futura.
                                     
                                Reportagem – Carol Siqueira
                                Edição – Newton Araújo
                                Fonte: CNTSS
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