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1 de setembro de 2011

O Governo do Estado de Minas Gerais apoia a criação do salário mínimo regional



 A informação é do secretário adjunto de Estado de Trabalho e Emprego, Hélio Augusto Martins Rabelo, que participou, nesta sexta-feira (26/8/11), do Ciclo de Debates Piso Salarial em Minas Gerais. O evento, promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, marcou o recebimento oficial de um projeto de lei de iniciativa popular propondo um salário mínimo estadual.




"O governo não vai ficar omisso nesta questão. Queremos fazer o melhor projeto de piso salarial do Brasil", afirmou o secretário adjunto. Segundo Hélio Rabelo, o vice-governador Alberto Pinto Coelho é o interlocutor do Estado com o movimento sindical. De acordo com ele, será feito um diagnóstico dos impactos da criação do piso regional, para saber quem será prejudicado com sua implantação.



Para o diretor da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg), Marcos de Abreu e Silva, os produtores rurais não temem a adoção do piso salarial regional. "Não temos medo de elevar a renda dos cidadãos, que são o mercado para quem produz alimentos. Queremos que todo o segmento econômico se desenvolva com harmonia", afirmou.



Ele ponderou, no entanto, que o setor agrícola é formado por segmentos com variados graus de dependência de mão de obra, que serão impactados de forma diferenciada com a elevação dos salários. E destacou que, nos últimos seis anos, o custo da mão de obra na agricultura aumentou 93%, enquanto os preços pagos aos produtores rurais cresceram apenas 52%.



O presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB-MG), Gilson Luiz Reis, citou números que evidenciam o bom desempenho da economia mineira em todos os setores, para justificar que o Estado tem condições de arcar com os custos do salário mínimo regional. Ele lembrou que Minas Gerais representa o terceiro maior PIB do País, mas fica em 11o lugar no ranking dos salários pagos aos trabalhadores.



"Não há justificativa para não se implementar o piso regional em Minas. Dizer que a pobreza no Jequitinhonha inviabiliza o piso não é verdade", afirmou. Segundo Gilson Reis, em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, que já criaram seus salários mínimos, também há grande diversidade regional. Ele ainda defendeu a adoção do salário mínimo regional como instrumento de combate à miséria.



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