Aqueles tempos em que o itabirano era conformado, submisso e temeroso acabou. A qualquer insatisfação, os cidadãos vão para as ruas e colocam suas caras, sem medo e sem dó. São reações sem precedentes na história política da cidade e, porque não dizer, da região.
Aquela "magnânima" receita da "imprensa" pitbull banguela, contratada pelo assessor Fernando Silva, de rosnar e ladrar, não funciona mais. Não adianta nem tentar editoriais manipuladores. É o fim de um tempo e de uma estratégia sacana e manipuladora.
O que deu errado? Primeiro, a franca decadência dessa pseudoimprensa em função do descrédito popular, porque pesaram a mão, abusaram da boa fé e fizeram vítimas demais, de várias famílias, criando a aversão popular contra este modelo. Uma saturação natural, crescente e sem volta. Segundo motivo da decadência, por causa dos avanços das tecnologias de informação, ao ofertarem muitas ferramentas de relacionamento social (Orkut, Facebook, blogues e portais de notícias), que não se pode comprar com sujo dinheiro, livres das mãos de manipuladores. Terceiro, a elevação intelectual e cultural do nosso povo. Somos mais estudados e conhecedores dos nossos direitos. Por incrível que pareça, o domínio não veio da oposição, ou "dos contras", como gostam de nos qualificar. Veio da massa.
É chegada a hora da imprensa verdadeira e dos políticos de se autoavaliarem. Por parte da imprensa, só permanecerá no mercado, quem expor as notícias nuas e cruas primeiro na web e rádios. Os demais meios de mídia só sobreviverão, se trouxerem análises críticas verdadeiras, firmes e precisas. Quanto mais lento, melhor análise terá que oferecer. Aos políticos, só valerá a coerência e boa fé. Não queremos super-homens, nem salvadores da pátria. Queremos auteridade, seriedade de gestão. Só isto.
E quem sentencia isto? Não sou eu. É o povo. Tem dúvida? Então acompanhe o raciocínio:
OS PRIMEIROS ATAQUES
As manifestações começaram tímidas e pontuais. Até então, o itabirano temia por represálias e pelos ataques da pseudoimprensa pitbull, comandada pela assessoria de comunicação. Este protesto ao lado (clique aqui para ler mais), de uma moradora da rua Dona Eleonora, foi um dos pioneiros.
VEREADORES SE REBELAM, DEPOIS RECUAM E SOFREM AS CONSEQUÊNCIAS
Em março de 2010, um grupo conhecido como Engesseis, composto por 6 vereadores - José Celso (PR), João Grande (PR), Solimar (PSDB), Sebastião Leite (Tãozinho) (PP) , Paulo Chaves (PSDB) e Elson Sá (PMDB) -, se redimiu com seus eleitores e abriu várias feridas no governo. Provavelmente, a pior, foi a votação do novo limite de 10% de remanejamento do orçamento direto pelo prefeito, quando antes era de 35% sem ter que consultar os vereadores. Meses depois, o governo reagiu, mudou o secretário de governo e recuperou a câmara, deixando os eleitores perplexos e insatisfeitos com os vereadores dissidentes.
Desde então, a qualquer sinal de manifestação, eles tremem nas bases, desmarcam ou adiam reuniões e se esquivam feio do povo.
MÁ RELAÇÃO COM OS SERVIDORES
Praticamente, durante todo o mandato do João Izael, a relação com os servidores sempre foi tumultuada. No início, o governo enrijeceu e recusou o índice pleiteado pelo Sindsepmi. O sindicato reagiu e pediu a listagem dos servidores. Nova queda de braços: o governo não aceitou expor, foi alvo de ação judicial, perdeu e teve que expor tudo, com direito a multa de R$ 174 mil, que deve ser paga pelo prefeito, por ter descumprido, deliberadamente, uma determinação judicial e a Lei. Agora, mais conformado depois das denúncias de cargos-fantasmas e sem recurso, cedeu e, pelo que se noticiou, deve atender ao sindicato com mais abertura e respeito.
MOVIMENTOS POPULARES ORGANIZADOS POR CIDADÃOS COMUNS
Foto: Ester Braga / Opinião de Itabiran |
No dia 31 de janeiro passado, jovens integrantes do fórum de discussões "Opinião de Itabirano", do Facebook, articularam e partiram para as ruas contra o aumento das passagens de ônibus. Desta vez, um movimento genuinamente popular, sob a iniciativa exclusiva dos integrantes do fórum e sem maiores apoios de políticos de oposição.
Novo movimento que tirou mais um naco no corpo oficial.
Satisfeitos com os primeiros resultados, a moçada partiu para a Câmara de Vereadores, deixando os vereadores governistas atônitos. Eles cresceram, ganharam força e se mantém em plena atividade. O fórum já conta com 270 membros ativos, que participam espontaneamente, sem vinculações partidárias, nem premissas de oposição. Atuam, porque querem uma Itabira melhor. Atuam, porque estão indignados e descrentes com a política.
Enfim, é uma moçada que parece ter trocado o besta discurso de "não gosto de política", para "não gosto dos políticos".
E MAIS MANIFESTAÇÕES GENERALIZADAS
Do universo político de ataque ao governo, as manifestações rompem as barreiras atingindo membros do grupão e até assuntos privados, tratando como se o governo fosse co-responsável. Na semana passada, a vítima foi a MD Predial, empresa que tem como um dos diretores o ex-secretário de obras do governo Ronaldo Magalhães, o Émerson Alvarenga Barbosa (Gui).
Em pauta, os empregados em greve por aumento de salários, contando com apoio dos sindicatos, em protestos nas ruas. Com semelhante reação, a MD resistiu, fez queda de braços e depois cedeu, tal como fez o governo do João Izael, com os servidores.
Em pauta, os empregados em greve por aumento de salários, contando com apoio dos sindicatos, em protestos nas ruas. Com semelhante reação, a MD resistiu, fez queda de braços e depois cedeu, tal como fez o governo do João Izael, com os servidores.
Antes de ontem, foi a vez dos Sem-Terra do bairro Drummond que, ao serem comunicados do despejo da ocupação, foram para as ruas, contando com o apoio do sindicato Metabase, Diocese, Igreja Metodista, Dep. Padre João e entidades de fora.
UNIFEI: BARRIL DE PÓLVORA
Ontem, quase que surge mais uma manifestação, que deveria ser a facada de piedade no corpo agonizante oficial, porque viria exatamente da única meia realização do governo, em 7 longos anos.
Os alunos da Unifei, revoltados com os altos preços das passagens; altos custos de moradia na cidade, por causa da especulação imobiliária nos aluguéis e da falta de restaurante e lanchonete no novo prédio, partiriam para as ruas com novo apitaço e palavras de ordem, reivindicando transporte gratuito. Foram acalmados pela reitoria e orientados a aguardarem um retorno do ofício enviado à prefeitura. Em outra oportunidade, já haviam enviado ofício para o vereador Carlinhos Sacolão-PP, para pleitearem o meio passe, mas sem qualquer retorno.
Temos que convir e admitir que a vinda de uma Universidade Federal para a cidade deve ser comemorada. Mas o governo municipal tem que entender a real magnitude deste compromisso, que vai muito além dos discursos políticos e da entrega parcial e atrasada de um prédio. A Unifei já está em atividade há anos, com penosos improvisos para os alunos. Desde o tempo que Alexandre Banana foi vereador, já havia sido votada uma verba para a construção da Unifei e cadê o dinheiro daquele exercício? E o Banana, de volta ao cenário, o que pode nos dizer disto?
Na Unifei, os alunos estudam, praticamente, em tempo integral, numa longínqua localização, totalmente isolada e sem outras ofertas de alimentação. Não há menor condição de se instalarem, onde não há local para se alimentarem, ao longo do dia de estudos. Um erro absurdo e até mesmo irresponsável.
Na fala do pró-reitor, Luiz Gonzaga de Souza, ao Diário de Itabira, está planejada a construção de um restaurante na universidade, só que não informou quando e, o pior, não será um restaurante universitário com preços subsidiados, como nas outras escolas federais. Será um "restaurante comercial normal". Por que dessa decisão? Por que Itabira, que tanto contribuiu com seu ferro para o país, não merece iguais condições? De quem são estas deliberações?
Vem aí, mais facadas nos bolsos das famílias dos estudantes. Péssimas acolhidas e péssima imagem refletida da cidade, Brasil afora.
Ontem, quase que surge mais uma manifestação, que deveria ser a facada de piedade no corpo agonizante oficial, porque viria exatamente da única meia realização do governo, em 7 longos anos.
Os alunos da Unifei, revoltados com os altos preços das passagens; altos custos de moradia na cidade, por causa da especulação imobiliária nos aluguéis e da falta de restaurante e lanchonete no novo prédio, partiriam para as ruas com novo apitaço e palavras de ordem, reivindicando transporte gratuito. Foram acalmados pela reitoria e orientados a aguardarem um retorno do ofício enviado à prefeitura. Em outra oportunidade, já haviam enviado ofício para o vereador Carlinhos Sacolão-PP, para pleitearem o meio passe, mas sem qualquer retorno.
Temos que convir e admitir que a vinda de uma Universidade Federal para a cidade deve ser comemorada. Mas o governo municipal tem que entender a real magnitude deste compromisso, que vai muito além dos discursos políticos e da entrega parcial e atrasada de um prédio. A Unifei já está em atividade há anos, com penosos improvisos para os alunos. Desde o tempo que Alexandre Banana foi vereador, já havia sido votada uma verba para a construção da Unifei e cadê o dinheiro daquele exercício? E o Banana, de volta ao cenário, o que pode nos dizer disto?
Na Unifei, os alunos estudam, praticamente, em tempo integral, numa longínqua localização, totalmente isolada e sem outras ofertas de alimentação. Não há menor condição de se instalarem, onde não há local para se alimentarem, ao longo do dia de estudos. Um erro absurdo e até mesmo irresponsável.
Na fala do pró-reitor, Luiz Gonzaga de Souza, ao Diário de Itabira, está planejada a construção de um restaurante na universidade, só que não informou quando e, o pior, não será um restaurante universitário com preços subsidiados, como nas outras escolas federais. Será um "restaurante comercial normal". Por que dessa decisão? Por que Itabira, que tanto contribuiu com seu ferro para o país, não merece iguais condições? De quem são estas deliberações?
Vem aí, mais facadas nos bolsos das famílias dos estudantes. Péssimas acolhidas e péssima imagem refletida da cidade, Brasil afora.
NOVO COMPORTAMENTO: TOLERÂNCIA ZERO A DESGOVERNO
O que se pode comprovar, com tantos ataques e sem a atuação ou iniciativa direta dos membros do PT (chamandos na campanha do João de baderneiros e hoje componentes do governo municipal), PCdoB e demais políticos de oposição, é que o itabirano não tolera mais tantos desmandos, tantos desgovernos, tanta gente sacaneando as instituições.
Hoje, a população tem mais estudos e conhece bem mais seus direitos. Aquela descabrosa proposta do prefeito, para a aprovação da Lei do Monopólio dos Outdoors, para favorecer uma única empresa de publicidade, depois que tanto batemos, está engavetada. Graças a Deus e que assim seja!
Hoje, a população tem mais estudos e conhece bem mais seus direitos. Aquela descabrosa proposta do prefeito, para a aprovação da Lei do Monopólio dos Outdoors, para favorecer uma única empresa de publicidade, depois que tanto batemos, está engavetada. Graças a Deus e que assim seja!
Se o povo continuar firme com este comportamento ativo, não restará outra saída para os políticos atuais que não seja cumprir com as leis e com seus deveres e obrigações, para uma Itabira mais justa ,mais mais próspera para todos e não para uma panelinha do grupão. Tolerância zero para especuladores e oportunistas! É isso aí.
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