O  Mapa de Vulnerabilidade para ocorrência da dengue no Rio Grande do  Norte, emitido pelas subcoordenadorias de Vigilância Epidemiológica  (Suvige) e Ambiental (Suvam) da Secretaria de Estado da Saúde Pública  (Sesap), apresenta um panorama da doença no Estado. Quarenta municípios  apresentam risco muito alto para epidemia de dengue em 2012. 
O  documento é produzido com base nos critérios da incidência da doença  nos últimos dez anos, índice de infestação e densidade populacional,  além de apresentar as áreas de risco de epidemia de dengue nos 167  municípios do RN.
Também  foi confirmado pelas subcoordenadorias, através do Laboratório Central  Dr. Almino Fernandes/LACEN, dois (02) casos de dengue causado pelo  sorotipo 4 do vírus (DENV 4), sendo 01 no município de Alexandria e 01  no município de Guamaré. O diagnóstico foi obtido pela técnica de  isolamento viral nas culturas de células C6/36 (técnica padrão ouro),  processadas no Lacen.
O Programa Estadual de Controle do dengue, diante da confirmação da circulação do sorotipo DENV 4 recomenda aos municípios:
-  O bloqueio de casos tem que ser explorado ao máximo pelos municípios  com as batidas de foco e utilização de portáteis, pois no momento o  Estado não possui autorização legal para cortar a transmissão utilizando  UBV pesado (fumacê);
Ponto de vista do agente Cosmo Mariz:
É  vergonhosa essa orientação, pois além da de UBV está interditada por  que o Estado não providenciou um local apropriado para lavagem de  viaturas e equipamentos, o município não dispõe desses equipamentos  portáteis e além do mais, o veneno usado no carro fumacê é mesmo usado  nos equipamentos portáteis. 
-  A necessidade de reforçar que a rede de atenção à saúde esteja atenta  para o aparecimento dos primeiros casos, solicitando coleta para  sorologia e isolamento viral de todos os casos suspeitos de dengue;
Ponto de vista do agente Cosmo Mariz:
É  muito fácil para o Estado falar em reforçar a rede de atenção básica  durante surtos de dengue, quando cotidianamente não oferece condições  aos municípios para combater a Dengue. Saibam que existe muita carência,  tais como: durante os Levantamentos de índice-LIRAs, os municípios não  dispõem sequer de tubos de ensaio suficientes para coleta de larvas e  pupas do Aedes Aegypti; não dispõe de veículos apropriados e suficientes  para dar suporte aos Programas Municipais de Controle do Dengue; não se  fiscaliza a situação funcional irregular dos agentes de endemias em  muitos municípios, que já deveriam ter efetivado esses profissionais, de  acordo com que prevê a Emenda Constitucional 51/2006; não dispõe de  Equipamentos portáteis como o Estado orienta usar, e quando tem estão  quebrados por falta de manutenção; o programa Agente Comunitários de  Saúde, que é uma ação tripartite de acordo com a portaria 648/2006 do  MS, onde o custeio compete a União, aos Estado e Municípios, o Estado do  RN não vem colaborando financeiramente como lhe compete. Infelizmente,  por questões políticas, nenhuma prefeitura compra essa briga por  recursos contra o Estado, preferem ficar com recursos minguados, atrasar  salários, não fornecer EPIs (protetor solar, calçados e fardamento) e  ficam com veículos sucateados. Com a palavra o TCE-RN, que deve procurar  saber para onde está indo a contrapartida que compete do Estado do RN.
-  As vigilâncias epidemiológica e ambiental devem permanecer em alerta no  sentido de tomar todas as medidas necessárias, tendo em vista a  magnitude da doenç;
Ponto de vista do agente Cosmo Mariz:
Essa  orientação não deve ocorrer só em períodos de risco ou de epidemia  declarada, devem ocorrer antes, para se evitar os surtos, pois é  obrigação do Estado e dos municípios, manterem-se vigilantes 24h,  garantido a população, o que reza a nossa Carta Maior em seu Art. 196.  Se mensalmente o Estado e municípios recebem recursos Federais para o  combate a dengue, por que falar em alerta agora se era para ser dever de  casa? Só por que o MS repassou recursos adicionais e o Estado e  municípios precisa justificar seu uso de qualquer jeito?. Ficam no ar  essas duas perguntas.
-  As secretarias municipais de saúde devem intensificar o sistema de  notificação de casos suspeitos em toda a rede de serviços de saúde e  inserir imediatamente estes dados no SINAN para que a Secretaria  Estadual de Saúde e o Ministério da Saúde possam monitorar todos os  casos suspeitos;
Ponto de vista do agente Cosmo Mariz:
Esse  trabalho já é feito, pelo menos quando os municípios dispõe de  computadores conectados a internet, o que é o caso de Natal, pois os  servidores do CCZ precisam usar seus modens portáteis se quiserem enviar  algum e-mail. As notificações são impotentes, mas para coleta desses  dados é necessário material humano, motos, carros e uma impecável  articulação com Hospitais Públicos e privados, clinicas, postos de saúde  e distritos sanitários.
-  Investigação de campo para a determinação da amplitude da circulação do  DENV-4 na área de ocorrência do caso, com visitas casa a casa pelos  agentes de endemias e agente comunitário de saúde para identificação de  novos casos suspeitos;
Ponto de vista do agente Cosmo Mariz:
No  meu ponto de vista, essa identificação se torna impossível devido à  metodologia de visitas adotada em Natal e vários municípios potiguares,  pois não existe zoneamento fixo de micro áreas por agente de endemias,  ou seja, um agente responsável permanentemente por 800 à 1000  domicílios. Existindo o zoneamento, o agente adquire o respeito e a  identidade com as comunidades, passa a identificar as vulnerabilidades  de suas zonas fixas e se integra com a unidade de saúde e agentes  comunitários que atende sua zona. Só com essa proximidade e troca de  informações, se alcançará o almejado nesse quesito.  Além de todos esses  complicadores, se um caso positivo for identificado, comprovada a  necessidade de intervenção do fumacê portátil ou do carro fumacê, em  Natal e interior, não se poderia fazer um bloqueio nas imediações dos  casos positivos, por que a Central dos carros fumacês está interditada  pela SEMURB, por problemas com meio ambiente. Já os equipamentos  portáteis que a Prefeitura de Natal utiliza nesses casos, também estão  impossibilitados de serem usados em virtude dos insumos partirem da  Central.
- Intensificar atividades de educação em saúde e mobilização social;
Ponto  de vista do agente Cosmo Mariz: Ao invés de intensificar atividades em  educação e mobilizar a população mais intensamente, só em períodos de  risco de epidemia, o Estado e municípios, deveriam se preocupar com a  manutenção da limpeza pública, com desprecarização de moradias, com  saneamento básico, com legislações mais rígidas aos que colaboram com a  proliferação da dengue. Deve haver preocupação com o “PREVENIR E NÃO COM  O COMBATE A INFESTAÇÃO”. 
Infelizmente  no nosso País, a Dengue virou um negócio lucrativo e, por isso, vai  epidemia e volta epidemia. O Brasil já erradicou o Aedes Aegypti, por  que ele voltou e não se fala mais em erradicar e sim em controle?. O  negócio é lucrativo mesmo, por que os prefeitos(as) empregam  precariamente seus eleitores e o Ministério Público só observa; vira  festa as dispensas licitações, o que é um prato cheio para todo “bom  gestor”; recursos federais aparecem do nada e nunca são utilizados no  que realmente deveriam ser; quando tem gente morrendo além da mídia ter  muito o que fazer, muitos usam a situação para se promoverem e anunciam “  estamos fora do risco de dengue, acabamos com a epidemia”, esquecendo  que o certo era não deixar ter epidemia se o dever de casa tivesse sido  feito; muitos empresários lucram com suas vendas, pois apareceram  larvicidas com sabugo de milho, com seu uso atestado pelo Ministério da  Saúde; exames médicos que eram obrigatórios pelo fabricante, de uma hora  para outra são abolidos para os agentes de endemias que diariamente se  afastam por envenenamento e/ou outros problemas de saúde. Há todo um  jogo de interesses, seja dos gestores, dos que vendem os produtos com  dispensa de licitação, dos técnicos e intermediadores que emitem  pareceres atestando que o agente de endemias que trabalha diariamente  com veneno de classe toxicológica IV é que usado na agricultura, não  precisam de exames médicos periódicos. É de fato um grande sistema,  sistema esse, que tem como mentor, articulador e cérebro, um rapazinho  chamado Aedes Aegypti, que é o culpado de tudo.
DENGUE  - A dengue é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus que  possui quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). É transmitida  pela picada do mosquito Aedes Aegypti infectado. Ocorre principalmente  em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As  epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após  períodos chuvosos.
Ponto de vista final do agente Cosmo Mariz:
Por  fim caros leitores, a Dengue no Brasil não é só um problema de saúde  publica, é sem dúvida, um problema de falta de respeito e vergonha na  cara daqueles que deveriam nos proporcionar saúde e não correr para nos  salvar da morte.  
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