A AACE-JN preocupada com o seu associado no tocante à segurança no exercício pleno de suas atividades profissionais, apresenta informações relevantes ao novo larvicida (Novaluron) que deverá ser utilizado nesta cidade logo a partir do 5º Ciclo de visitas.
O Novaluron é um larvicida do grupo do Inibidores de Síntese de quitina – Benzoil-fenil-uréias – BPU, geralmente é de baixa toxicidade aguda, subaguda e crônica, tendo sido registrado como inseticida para culturas alimentares e ornamentais.
A OMS avaliou o Novaluron para uso como larvicida em reservatórios de água de consumo, particularmente para controle da Dengue.
O novaluron inibie o crescimento dos insetos, impedindo a formação da quitina (elemento essencial do exoesqueleto, com função de proteção mecânica). Leva à má formação e esterilidade nos insetos adultos, caso consigam eclodir.
Permite um efetivo controle de larvas, com baixa dosagem, reduzindo dessa forma os riscos de intoxicação e contaminação.
A OMS indica o uso do Novaluron de 0,01 a 0,05 mg i.a./litro, no entanto o Ministério da Saúde adotou a dose de 0,02 mg i.a./litro conforme a RESOLUÇÃO - RE Nº 5.148, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2010, sendo que em nenhuma hipótese o produto será utilizado puro.
A Nota Técnica nº 57/2011, estabelece os procedimentos técnicos para o uso do Novaluron na rotina de controle larvário.
O produto pode ser tóxico ao homem e ao meio ambiente se não utilizado conforme as recomendações.
Efeitos do Produto:
Efeitos adversos à saúde humana: o NOVALURON pode provocar irritação cutânea e ocular. Em exposições dérmicas crônicas, pode causar reações alérgicas.
Efeitos Ambientais: o produto apresenta alta toxicidade para organismos aquáticos e pode causar efeitos adversos em longo prazo no meio aquático.
Perigos específicos: não há outros perigos relacionados ao produto.
Qualquer sintomatologia após a exposição ao produto pode estar relacionada a intoxicação.
A ingestão de grandes quantidades do ingrediente ativo pode provocar metahemoglobinemia.
A Metahemoglobinemia, também conhecida por "meta-Hb", é uma desordem caracterizada pela presença de um nível mais alto do que o normal de metahemoglobina no sangue.
Metahemoglobina: forma de hemoglobina que não se liga ao oxigênio. Quando sua concentração é elevada nas hemácias pode ocorrer uma anemia funcional
MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS
De forma geral deve-se levar o acidentado para um local arejado. Retirar as roupas contaminadas. Lavar as partes do corpo atingidas com água em abundância durante 30 minutos. Se o acidentado estiver inconsciente e não respirar mais, praticar respiração artificial ou oxigenação e encaminhar ao serviço médico mais próximo.
Inalação: remover a pessoa para local arejado. Se não estiver respirando, faça respiração artificial. Se respirar com dificuldade, consultar um médico imediatamente.
Contato com a pele: lavar imediatamente a área afetada com água em abundância durante 30 minutos. Remover as roupas contaminadas. Ocorrendo efeitos/sintomas, consultar um médico. Lavar as roupas contaminadas antes de reutilizá-las e descartar os sapatos contaminados.
Contato com os olhos: lavá-los imediatamente com água em abundância durante 30 minutos.
Ingestão: não provocar vômito, entretanto é possível que o mesmo ocorra espontaneamente não devendo ser evitado, deitar o paciente de lado para evitar que aspire resíduos.
O tratamento sintomático deverá compreender, sobretudo medidas de suporte como correção de distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos, além de assistência respiratória. Monitoramento das funções hepática e renal deverá ser mantido. Caso ocorra metahemoglobinemia utilizar Solução de Azul de Metileno (estéril). O tratamento deve ser de suporte e sustentação, com observação rigorosa do nível de consciência, ritmo cardíaco e respiratório.
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