A prevenção e promoção da saúde não são importantes apenas para que se evitem doenças. A economia, sobretudo quando se observa os impactos sobre o trabalho, também sofre quando as pessoas são acometidas por enfermidades. E neste quesito, a dengue tem sido uma das principais vilãs, afinal, o paciente fica afastado de suas atividades por aproximadamente dez dias.
“Quando o trabalhador se ausenta por alguns dias do local de trabalho por motivo de doença, o impacto financeiro disso sobre a empresa nem sempre recai apenas sobre as atividades desempenhadas pelo trabalhador ausente. Ele repercute muitas vezes por toda a organização, sobretudo se o empregado pertencer a um grupo cuja produção tem implicações praticamente imediatas sobre o cronograma. Até recentemente, porém, as empresas tinham muita dificuldade em mensurar o impacto do absenteísmo por meio de dados concretos”, explica Osmani Teixeira de Abreu, presidente do Conselho de Relações de Trabalho da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), entidade parceira da Secretaria de Estado de Saúde (SES) no Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue.
Osmani Teixeira, atualmente consultor, já foi diretor de empresas multinacionais. Ele destaca, no entanto, que o afastamento do trabalho pode afetar as atividades de empresas de qualquer porte. “Você executa um determinado planejamento, contando com um posto de trabalho ocupado. Em caso de afastamento, toda a cadeia produtiva, sobretudo quando se produz em série, fica prejudicada. Em empresas pequenas o problema é, a meu ver, ainda maior, pois elas possuem menor capacidade de manejo da mão de obra e de reposição”.
Alguns pesquisadores que mensuram o custo cumulativo das perdas de produtividade estimam que o custo total decorrente da ausência do funcionário para a economia como um todo, por motivo de saúde, aumenta em um terço.
Teixeira ressalta que um conceito de importância fundamental para o tratamento da questão da saúde do trabalhador na empresa revela que o custo do absenteísmo por motivo de doença é, via de regra, maior do que o salário pago ao trabalhador doente que deixa de comparecer ao local de trabalho. Caso não haja substitutos de mesmo nível disponíveis, as implicações para a produtividade são bem maiores.
Ele elogiou as iniciativas do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), de promover parcerias junto à iniciativa privada no combate à dengue, bem como a disposição do poder público em transformar em lei o plano de enfrentamento. “As comissões de combate à dengue são muito bem vindas, atuando de forma similar ao que acontece com as Cipas (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). Neste caso, não vemos isto como custo, mas sim como investimento para que a produtividade e competitividade das empresas não sejam afetadas”, declara.
Parcerias
Após atrair inicialmente o apoio da Ricardo Eletro e da Itambé no combate à dengue, o Governo de Minas agregou várias empresas da cadeia produtiva para apoiar as ações de combate à dengue. “A participação do setor é fundamental pelo aspecto da capilaridade, ou seja, o setor chega a todo o Estado”, ressaltou o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques. Atualmente 27 empresas são parceiras no combate à doença.
“O setor produtivo mineiro tem sido fortemente afetado pela dengue. Um trabalhador se ausenta por cerca de dez dias de suas atividades. Isto traz uma série de prejuízos econômicos, aumentando os índices de absenteísmo. Por isso a importância de termos o apoio das empresas nesta guerra contra o Aedes aegypti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Aos colegas que postarem comentários solicito que seja comedido em seus comentários. Deixo aqui registrado que comentários ofensivos e de racismo serão responsabilizado com o fornecimento do IP de seu computador para a justiça. O blog agradece a compreenção.