O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves, não cumpriu mais uma vez com sua palavra de colocar em votação o piso nacional dos ACS e ACE, decepcionando mais uma vez milhares de trabalhadores do Brasil inteiro. O líder do Governo Arlindo Chinaglia (PT-SP) aconselhou o presidente Henrique a votar somente o regime de urgência e adiar a votação do piso. Segundo ele não tinha ainda uma definição de quem arcaria com a despesa do piso, pois a União não quer arcar sozinha, os municípios e os estados são contra entrarem com a contra partida; a discussão permaneceu por várias horas. Os líderes do PT, PMDB e PP foram enfáticos em dizer que são contra a votação naquele momento. O PT fez um requerimento solicitando a retirada da votação da pauta do dia e o mesmo foi negado em votação pela maioria dos partidos da câmara, com exceção dos três citados acima. Foi quando Henrique Alves resolveu que iria colocar o projeto em votação passando assim por cima da vontade do PT. Neste momento os três partidos (PT, PP e PMDB) obstruíram a votação fazendo com que a quantidade de parlamentares presentes no plenário para votar fosse insuficiente. Como faltaram em média 50 parlamentares para dar quórum e já era mais de 23 horas o presidente da câmara encerrou a seção sem votar, marcando nova votação para dia 5 de novembro.
Uma frase que ficou guardada em minha memória foi dita pelo Deputado Júlio César PSD-PI: "Demorou sete anos para ser votado esse projeto porque os agentes estão reivindicando piso e piso é baixo, no chão. Se estivessem reivindicando teto que seria bem mais alto essa câmara já teria votado e aprovado a muito tempo.
O líder do Governo Arlindo Chinaglia (PT-SP), chegou ainda a debochar da bancada dos agentes dizendo que podiam vaiar pois era um direito deles, e que os agentes que se faziam presentes não representavam nem 0,0005% da população brasileira e que entre eles não havia nenhum eleitor dele. Ele só esqueceu que o restante dos agentes do Brasil assistiam pela TV ou acompanhavam pela net a palhaçada que ele estava fazendo. São mais de 350 mil ACS e ACE espalhados pelo Brasil inteiro e visitando a casa de 100% da população brasileira. Será mesmo que não tem nenhum eleitor desse sujeito cara de pau? Bom, se tinha é hora de tomarem vergonha na cara e nunca mais votar nesse cidadão nem para síndico de prédio.
Guardem bem este rosto e nunca mais o reelejam. |
Outro que foi radicalmente contra a votação e tentou sabotar desde o início foi Sibá Machado PT/AC.
Teve um parlamentar do PV, se não me engano o José Sarney filho (PV/MA) que disse que algumas lideranças eram contrários a votação porque receberam telefonemas da própria Dilma e de vários prefeitos pela manhã pedindo para obstruir a votação e que ele mesmo tinha recebido o telefonema de ao menos 10 (dez) prefeitos pedindo para votar não ao piso nacional. "O que ninguém quer dizer é que a União vai continuar repassando o mesmo valor que repassa aos municípios atualmente (950 reais). A única diferença é que os prefeitos não vão poder usar como bem entenderem e vão ser obrigados a repassar de forma integral aos agentes, tendo assim que arcar com os outros custos.
O líder do PROS - Givaldo Carimbão propôs uma emenda em que a União repassasse o valor do piso (R$950,00) o Governo do Estado repassasse os encargos trabalhistas (férias, décimo terceiro...) e os Municípios custeassem o valor do material de campo. Mas não foi aceito de imediato.
O que está bem claro é que fomos enrolados mais uma vez. Mais uma vez os ACS e ACE saíram de Brasília chateados e se sentindo impotentes, pois uma câmara que deveria defender os interesses do povo, demonstrou mais uma vez que defendem em sua grande maioria apenas os caprichos do governo.
ACE Priscila
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