NESTE MOMENTO ABORDAREMOS
UM TEMA PARA DISCUSSÃO.
QUESTÃO 1.
QUAL A ORIGEM DOS RECURSOS PARA A FUNÇÃO ?
QUESTÃO 2.
QUAL MINISTÉRIO CONTROLA E ADMINISTRA A FUNÇÃO?
QUESTÃO 3.
EM QUE PARTE DA REDE SUS ESTÁ INCLUÍDA A FUNÇÃO?
QUESTÃO 4.
QUAL PORTARIA MINISTERIAL REGULAMENTOU A FUNDÃO ACE ?
QUESTÃO 5.
QUAL ENTIDADE DE CLASSE DE NÍVEL NACIONAL REPRESENTA ACE?
TÉCNICO EM AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE - 1.200 HORAS
Atuando na
perspectiva de promoção, prevenção e proteção da saúde, orienta e
acompanha famílias e grupos em seus domicílios e os encaminha aos
serviços de saúde. Realiza mapeamento e cadastramento de dados sociais,
demográficos e de saúde, consolidando e analisando as informações
obtidas; participa, com as equipes de saúde e a comunidade, da
elaboração, implementação, avaliação e reprogramação do plano de ação
local de saúde. Participa e mobiliza a população para as reuniões do
conselho de saúde. Identifica indivíduos ou grupos que demandam cuidados
especiais, sensibilizando a comunidade para a convivência. Trabalha em
equipe nas unidades básicas do Sistema Único de Saúde, promovendo a
integração entre população atendida e os serviços de atenção básica à
saúde.
Agente de Controle de Endemias - ACE
Vistoria de
residências, depósitos, terrenos baldios e estabelecimentos comerciais
para buscar focos endêmicos. Inspeção cuidadosa de caixas d’água, calhas
e telhados. Aplicação de larvicidas e inseticidas. Orientações quanto à
prevenção e tratamento de doenças infecciosas. Recenseamento de
animais. Essas atividades são fundamentais para prevenir e controlar
doenças como dengue, chagas, leishmaniose e malária e fazem parte das
atribuições do agente de combate de endemias (ACE), um trabalhador de
nível médio que teve suas atividades regulamentadas em 2006, mas que
ainda tem muito o que conquistar, especialmente no que diz respeito à
formação.
Assim como
os agentes comunitários de saúde (ACS), os ACEs trabalham em contato
direto com a população e, para o secretário de Vigilância em Saúde do
Ministério da Saúde, Gerson Penna, esse é um dos fatores mais
importantes para garantir o sucesso do trabalho. “A dengue, por exemplo,
representa um grande desafio para gestores e profissionais de saúde. E
sabemos que um componente importante é o envolvimento da comunidade no
controle do mosquito transmissor. Tanto o ACS como o ACE, trabalhando
diretamente com a comunidade, são atores importantes para a obtenção de
resultados positivos”, observa.
O ACE é um profissional fundamental para o contole de endemias e
deve trabalhar de forma integrada às equipes de atenção básica na
Estratégia Saúde da Família, participando das reuniões e trabalhando
sempre em parceria com o ACS. “Além disso, o agente de endemias pode
contribuir para promover uma integração entre as vigilâncias
epidemiológica, sanitária e ambiental . Como está em contato permanente
com a comunidade onde trabalha, ele conhece os principais problemas da
região e pode envolver a população na busca da solução dessas questões”,
acredita o secretário.
Precarização
Durante muito
tempo, as ações de controle de endemias foram centralizadas pela esfera
federal, que, desde os anos 70, era responsável pelos chamados ‘agentes
de saúde pública’. Mas, seguindo um dos princípios básicos do Sistema
Único de Saúde (SUS), em 1999 as ações de vigilância passaram a ser
descentralizadas e hoje o município é o principal responsável por elas. O
problema é que boa parte dos agentes ficou precarizada, sem um piso
salarial comum e trabalhando por contratos temporários.
Apenas em
2006 foi publicada a lei 11.350 , que descreve e regulamenta o trabalho
dos ACEs e ACS. O texto diz que o trabalho dos agentes deve se dar
exclusivamente no âmbito do SUS, que a contratação temporária ou
terceirizada não é permitida (a não ser em caso de surtos endêmicos) e
que deve ser feita por meio de seleção pública – alguns municípios já
vêm realizando seleções. A lei diz ainda que um dos requisitos para o
exercício da atividade do agente de endemias é ter concluído um curso
introdutório de formação inicial e continuada. E aí surge um problema:
se, por um lado, a qualificação é requisito para exercer esse trabalho,
por outro, apenas alguns estados oferecem cursos de formação para esses
profissionais. “Ainda não existe um padrão definido nacionalmente. É
nessa proposta que stamos trabalhando”, explica Gerson Penna.
O
secretário se refere a um processo coordenado pelo Departamento de
Gestão da Educação na Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da
Educação na Saúde do Ministério da Saúde (Deges/ SGTES/MS), com
participação da Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS), da
EPSJV/Fiocruz e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
que pretende estabelecer referenciais curriculares para orientarem as
escolas técnicas na elaboração de seus cursos, além de resolver uma
outra questão: a definição do perfil de competências dos profissionais
de nível médio. Isso porque o ACE é, na prática, responsável pelas
atividades descritas no início deste texto, mas essas atribuições ainda
não estão formalmente delimitadas. “As atribuições dependem do perfil
epidemiológico da localidade onde os agentes trabalham e da organização
dos serviços de saúde, pois o gestor municipal é soberano na definição
de suas prioridades. Mas sabemos da necessidade de definir mais
claramente os papéis de cada profissional quando pensamos o trabalho em
equipe, e estamos empenhados nesse sentido”, explica Penna.
Os ACS já
têm suas ações estabelecidas pela Política Nacional de Atenção Básica e,
segundo Carlos Eduardo Batistella, pesquisador da EPSJV, a definição
das competências dos agentes de endemias é importante para que eles
também venham a ter uma identidade mais forte. “Se compararmos os
agentes de endemia aos agentes comunitários de saúde, creio que, apesar
de todos os enfrentamentos, os ACS se veem com mais clareza como uma
categoria profissional”, diz.
Quanto à
formação, a ideia que está se configurando é a de oferecer não apenas
uma qualificação inicial, mas um curso técnico em vigilância. De acordo
com Gerson Penna, uma formação ampla certamente atenderia de forma mais
integral às necessidades da comunidade. “Quando falamos de endemias ,
muitos são os fatores que determinam esse problema ou interferem nele:
há questões ambientais, sociais, culturais e econômicas, entre outras.
Uma formação mais ampla torna possível compreender os problemas e
realizar o iagnóstico com clareza, identificando seus determinantes e
optando por ações mais eficazes, numa abordagem integral”, opina.
Um pouco de história
Quando as
ações de vigilância foram descentralizadas, em 1999, coube à Funasa
capacitar e ceder aos estados e municípios seus 26 mil agentes,
conhecidos como guardas sanitários, supervisores, guardas de endemias ou
matamosquitos. “O trabalho deles era caracterizado por uma atuação
quase especificamente em uma doença: havia os guardas da malária, os
guardas da dengue, os guardas da esquistossomose e assim por diante.
Esses profissionais conheciam bem uma ou duas doenças, e sua formação
era basicamente instrumental, ou seja, dissociada de qualquer base
científica maior ou de conteúdos de formação mais ampla.
A formação estava absolutamente restrita ao conteúdo técnico para o
controle daquela determinada doença, de modo que eram feitos
treinamentos de curta duração, respaldados por guias ou cartilhas
elaborados dentro da própria Funasa”, diz Batistella.
Para dar
conta de um processo formativo voltado para esses trabalhadores, surgiu o
Programa de Formação de Agentes Locais de Vigilância em Saúde
(Proformar ), através de um convênio entre a EPSJV, a Funasa e, mais
tarde, a SGTES. O programa ofereceu cursos de formação inicial entre
2003 e 2006, com o objetivo de fazer com que os agentes atuassem mais
articuladamente com a própria realidade. “A ideia era levar os alunos a
realizarem um trabalho de campo nas áreas em que já atuavam, fazendo um
diagnóstico das condições de vida e saúde da população, identificando
situações de risco, potencialidades e vulnerabilidades do local”,
explica Batistella, que coordenou o programa.
Para
estruturar o curso, teve início em 2001 uma série de oficinas em todos
os estados brasileiros, elaborando diagnósticos e estudando o tipo de
formação mais apropriado para atingir os trabalhadores da Funasa. “Mas, à
medida em que realizamos as oficinas, nos deparamos com a seguinte
realidade: além dos profissionais estimados, já havia outros milhares
contratados pelos municípios e pelas secretarias estaduais. Em 2001, em
vez de 26 mil, havia 85 mil trabalhadores a serem formados”, diz
Batistella. Em quase três anos o Proformar qualificou 32 mil
trabalhadores.
Próximos passos
De acordo
com Batistella, o Proformar poderia ser encarado como uma qualificação
inicial – um primeiro módulo comum a todo o país – para um curso técnico
em vigilância em saúde. “Nosso curso não aprofundava nenhuma prática
específica da vigilância sanitária, epidemiológica, ambiental ou da
saúde do trabalhador, mas dava um conhecimento comum do SUS e da área de
vigilância. Assim, como já tinha expressão em todo o país, poderia ser
concebido como módulo introdutório em um itinerário formativo”, afirma,
explicando que essa ideia acabou não se tornando uma diretriz nacional.
“Os trabalhadores têm reivindicado a continuidade da formação, inclusive
devido à obrigatoriedade estabelecida pela lei 11.350. Os agentes que
já atuam no SUS e aqueles que passaram nos processos de seleção querem
ter seus certificados, e outras pessoas querem ter a formação justamente
para participarem do processo seletivo”, ressalta Batistella.
Desde que o
programa terminou, o MS começou a organizar o processo de construção de
um itinerário formativo semelhante ao realizado para ACS e técnicos em
higiene dental (THD). É justamente esse o processo que está em curso na
SGTES, para definir o tipo de curso que se deseja oferecer e o
profissional que se quer formar. E o primeiro passo desse processo foi
uma pesquisa relativa às atribuições dos trabalhadores de nível médio
nas áreas de vigilância epidemiológica, sanitária, ambiental e de saúde
do trabalhador, para verificar se havia perfis nítidos ou se as áreas se
sobrepunham. A análise das entrevistas mostrou que, em muitos
municípios, trabalhadores vinculados à vigilância atuavam em mais de uma
área. “Isso foi registrado, em geral, nos municípios pequenos, que são a
maioria no país. Neles, há uma espécie de atuação complexa. Enquanto
isso, nos municípios de médio e grande porte e, em especial, nas
capitais, a diferenciação
nas ações é muito
maior. Há uma certa especialização e os profissionais atuam com
identidade forte em apenas uma das vigilâncias”, diz Batistella. “Assim,
percebeu-se que a variação nas atividades está bastante vinculada ao
tamanho e à capacidade de organização dos municípios para o
desenvolvimento dessas práticas”, completa.
De acordo com
Batistella, até o momento as questões levantadas ao longo desse
processo, seja pelos trabalhadores seja pelas instituições formadoras,
apontam para a necessidade de uma formação técnica integrada, envolvendo
trabalhadores de todas as vigilâncias em uma formação ampla. A ideia é
que, após as definições do MS, as escolas desenvolvam suas propostas de
curso para apresentarem nos conselhos estaduais, à luz do perfil de
competências e dos referenciais estabelecidos. “Hoje, algumas escolas já
estão se movimentando para organizar essas propostas, que depois só vão
precisar ser revisadas pelos referenciais. Como oferecemos na EPSJV o
curso técnico de vigilância em saúde, recebemos em 2008 mais de dez
escolas que pediram assessoria para construção curricular. Fizemos uma
oficina de trabalho, procurando auxiliar as escolas na busca de
referenciais teóricos e metodológicos para a estruturação de suas
propostas”, conta Batistella, lembrando que, quando o referencial
nacional estiver pronto, todas as Escolas deverão tê-lo como base.
A vigilância e controle de vetores, em Fortaleza, são gerenciadas
pelo Núcleo de Controle de Endemias (Nucen), que também coordena o
trabalho de educação e mobilização em saúde, cujo foco é a
conscientização, por parte da população, no combate à proliferação dos
focos do mosquito.
Os agentes de controle de endemias, ou agentes sanitaristas,
contribuem para melhorar a saúde em nossa cidade, exercendo um trabalho
importante para diminuir a incidência de doenças. Eles atuam no controle
da dengue, leishmaniose visceral (calazar), leptospirose, raiva e
doença de Chagas, além do combate a proliferação de baratas, cupins e
escorpiões.
Dentre as principais ações realizadas pelos os agentes
sanitaristas, no combate à dengue, estão as visitas diárias a
domicílios, quinzenais a pontos estratégicos (borracharias, oficinas
mecânicas, sucatas, cemitérios e canteiros de obras) e locais de difícil
acesso. Durante as visitas acontece a identificação dos focos do
mosquito, o tratamento de depósitos (como a proteção de pneus e
garrafas) e a destruição dos depósitos inservíveis (como casca de ovo e
copos descartáveis). As ações de rotina, além de contribuir para a
redução da infestação por Aedes aegypti, podem evitar a sua reintrodução
em outras áreas.
Os agentes identificam e orientam os proprietários de terrenos
baldios, para que realizem limpeza sistemática do local; realizam os
bloqueios dos casos de dengue, notificados pela vigilância
epidemiológica ou informados pelas equipes motorizadas; fazem a vedação e
telamento de caixas d'água; promovem parcerias com os municípios
limítrofes (Maracanaú, Eusébio e Caucaia), para ações integradas de
controle focal; utilizam o UBV (ultra baixo volume), ou fumacê costal,
um equipamento de controle químico, usado em bloqueios e borrifação de
prédios públicos, canais, galerias e antes de eventos com grande
aglomeração de pessoas.
Realizam reuniões de sensibilização junto à população, para
prevenir a infestação de dengue nos imóveis, capacitação para agentes
comunitários de saúde, sobre vigilância e controle da dengue e outras
endemias. Trabalham com educação em saúde (orientação, panfletagem e
conscientização da população), em operações especiais de tratamento
químico no período pré e pós a realização de grandes eventos (carnaval,
festejos juninos, fortal, halleluya e outros). Também são responsáveis
pelo peixamento, colocação de peixe-beta em caçimbas, tanque de água
permanente.
As ações também se estendem a coleta de pneus, em parceria com a
empresa municipal de limpeza e urbanização – emlurb, de segunda a
sábado, cada dia em uma regional diferente, com um agente identificando
os pontos de coleta, como pequenas borracharias, locais já conhecidos de
abandonos de pneus e terrenos baldios. Além de atividades especiais,
voltadas para órgãos públicos, com o objetivo de evitar a proliferação
de focos, treinamento dos encarregados pela limpeza e manutenção do
local e articulação com outras secretarias municipais.
Os agentes são responsáveis pelo Levantamento de Índice Rápido de
Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), pesquisas larvárias, feitas nos
momentos das visitas, que estimam a presença do mosquito em imóveis da
capital. O objetivo é que gestores e população conheçam os locais mais
críticos, possibilitando uma atuação mais eficaz para a eliminação dos
criadouros de mosquitos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o índice seja
inferior a 1%. A taxa significa a quantidade de imóveis onde se
encontram larvas do mosquito transmissor. É fundamental que os depósitos
de difícil acesso sejam rotineiramente inspecionados, devendo ser
adotada estratégia diferenciada para essa inspeção.
Para facilitar o trabalho dos agentes sanitaristas, a identificação
desses profissionais pela população, oferecendo mais segurança aos
moradores diante da visita domiciliar realizada por eles, a Prefeitura
de Fortaleza entrega fardamento completo a cada um. O fardamento é
importante também para promover economia com vestuário pelos agentes.
OS AGENTES DE CONTROLE DE ENDEMIAS DEVEM ANTES DE TUDO SE EMPODERAR
OS DIREITOS ATRAVÉS DA LEITURA SOBRE A ORIGEM, CONCEITOS, ATRIBUIÇOES E
REGULAMENTAÇÃO LEGAL DESTA PROFISSÃO.
ABAIXO ESTÃO AS INFORMAÇOES DE FONTES OFICIAIS SOBRE A PROFISSÃO DE ACE.
SOBRE A SAÚDE DOS ACE
MODELOS DE PROVAS PARA CONCURSO DE ACE
REFERÊNCIAS:
FONTE: http://somosaredeestamosnarede.blogspot.com.br/
NOVALURON: Planilha para cálculos de tratamento de depósitos, link:
ResponderExcluirhttps://drive.google.com/file/d/0BzlZbEfQYO8eNXY4UmxmMFQ2UWs/edit?usp=sharing
Para usar no celular ANDROID ou TABLET: Instale o Kingsoft_office, software no link abaixo:
https://drive.google.com/file/d/0BzlZbEfQYO8ebzh0YXpuamRmNTA/edit?usp=sharing
Paulo Caetano
Setor de Estatística